segunda-feira, 5 de março de 2012

Foi hoje o dia.....

Este dia não podia deixar de ser registado.
Iniciou-se hoje o cortejo fúnebre dos restos mortais do velhinho Hospital Maria Pia. E até com direito a reportagens televisivas.
A azáfama era enorme. A empresa das mudanças chegou cedo. Pelas 8 horas estava já o primeiro dos camiões que iriam proceder à "transferência" dos  objectos aproveitáveis do velhinho Hospital. Um pouco mais tarde surgiram as primeiras ambulâncias que iniciariam o transporte dos primeiros doentes (os mais "instáveis" tiveram a prioridade...).
Quase todos os recantos do Maria Pia, são lugares de amontoados de peças de mobiliário, cacifos, caixotes, à espera de serem transportados para o novo destino.
Será que a sua recepção, na nova casa também será merecedora de honras televisivas?
Que bom que era. Assim seria possível às pessoas interessadas, poder comparar, as novas condições de alojamento, com as que o velhinho Maria Pia proporcionava. Quem sabe a própria ERS, poderia melhor avaliar a quem favorecerá a mudança hoje operada, provisória é claro pois o CMIN estará para chegar..... (ou será que a "troika" não vai deixar completar a verba em falta, indispensável,  para a sua construção e equipamento?). Quem ficou a PERDER eu sei..........!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nunca, como hoje, este desenho de Helena Abreu que, durante muito tempo serviu de logotipo do Hospital Central e Especializado de Crianças Maria Pia e foi capa da sua Revista "Nascer e Crescer", traduziu tão fielmente o que deverá ser o  estado de espírito das crianças do Porto e Norte de Portugal,  ao tomarem conhecimento, pelas noticias mais recentes dos jornais, do encerramento das suas portas ainda antes do final do corrente ano.
Há muito tempo que, quem lá trabalha, previa ser este, o desenlace final.
Há  anos  que o céu desta centenária unidade de saúde se ia encobrindo, tal como acontece na aproximação de uma tempestade. Nos últimos meses já não penetrava um raio de sol....
Pena é, mas entre nós tão frequente, que os mais interessados, utentes e trabalhadores, sejam os últimos a saber e, mais grave, pelos orgãos de comunicação social.......
A sentença estava há muito proferida, a execução da pena, tardou mas não faltou!

Paz à sua alma. Podia e devia ter sido mais digno e  honroso o seu funeral....

Aguardemos que  solução encontrada não seja muito pior que o problema! As CRIANÇAS agradecem....


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Para avivar a memória, confirmar dúvidas  e reforçar a descrença de muita gente sobre a matéria, surgiu no dia 13-11-2011, artigo no JN, com o Título " Governo vai avaliar avanço do Centro Materno-Infantil", onde  é feita referência a uma resposta do Ministério da Saúde ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda onde se lê claramente " sendo desejável cumprir os compromissos assumidos no quadro do memorando de entendimento acordado", (com a Troika), " será necessário avaliar a possibilidade de concluir os procedimentos actualmente em curso, em função da disponibilidade  financeira". É referido também que o MS confirmou ao JN que essa decisão é aplicada a todas as grande s obras, entre as quais se inclui o CMIN.
Sendo público que o projecto de 42.2 milhões de euros é financiado pelo CREN em apenas 50%,  pergunto, onde irão desenterrar mais 21.1 milhões, para concluir a obra que entretanto começaram?

Não fosse a notícia já suficientemente perturbadora surge hoje no "Correio da Manhã" mais "lenha para a fogueira":

"Desvio de 428 milhões. Derrapagem milionária na Saúde.
O Ministério da Saúde entregou no Parlamento o documento com as contas para o próximo ano, no qual é possível constatar uma derrapagem de 428 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Este é o desvio entre a previsão de saldo positivo de 31,9 milhões inscrito por Ana Jorge e o prejuízo de 396 milhões que vai ser apresentado. Isto significa que o buraco do SNS este ano é superior a 1 milhão de euros por dia. Para o próximo ano, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, aponta para um défice de 200 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde, o que representa uma diminuição de quase 50 por cento em relação aos valores de 2011.
No mesmo documento, entregue na Comissão da Saúde, consta a dívida do SNS aos fornecedores, já anunciada pelo próprio ministro, no valor de 3 mil milhões de euros. Os cortes mais significativos no sector da Saúde dizem respeito às despesas com o pessoal – cerca de 164 milhões de euros – e aquisição de medicamentos – 204 milhões de euros".

Será que ainda há crentes?
Não iremos ter, no nosso Porto, mais uma obra inacabada, ou seja, uma estrutura de betão abandonada ao tempo, qual escultura da arte moderna, que "embelazará" as cercanias da MJD?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cá estou eu de novo e uma vez mais para abordar o tema CMIN - Centro Materno-Infantil do Norte, mas desta feita para dar uma boa notícia. A obra arrancou finalmente ! Já são visíveis algumas das fundações, por isso desta vez parece que vai! Será? Quero acreditar que sim!!!
Aqui ficam algumas imagens a ilustrar o que digo.




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Com a devida vénia, não resisto em reproduzir o texto que se segue pois,  em minha opinião, traduz fielmente o sentimento da grande maioria dos nortenhos e portuenses e certamente da totalidade dos simpatizantes do FCP e com o qual não posso deixar de estar de acordo, pelo que, desta forma, contribuo para a sua divulgação: 



"No dia em que a selecção nacional demonstrou, uma vez mais, que não é uma equipa mas somente um conjunto de jogadores que vão do extraordinário até ao banal, saiu no CM (onde poderia ser?!) a notícia do dia: 2 anos após a palhaçada do túnel da Luz, pela qual já pagamos com juros que se provou serem excessivos para o "crime" cometido, vários jogadores do FCP são acusados pelo Ministério Público pela prática de agressões e, caso venham a ser condenados, incorrem em penas na ordem dos 3 a 5 anos de prisão efectiva.
Existe neste rigor justiceiro algo que me transcende e me espanta. Já sabíamos que a justiça portuguesa tratava diferentemente os crimes ligados ao futebol consoante ocorriam a norte ou sul do Mondego, que um apedrejamento de uma comitiva do FCP era um mero episódio lamentável e que igual situação ocorrida com a seita benfiquista era uma intolerável agressão bárbara. Sabíamos também que a senhora que borra os olhos em lugar de os pintar tinha uma predilecção especial pelo nosso clube e pelos seus dirigentes. Mas nunca pensei que, de entre as dezenas ou centenas de casos de agressões que ocorreram dentro e nas imediações dos campos de futebol nos últimos 2 anos, o caso do túnel da Luz fosse o único que merecesse tratamento judicial.
Está bom de ver, em linguagem futebolística, que existe uma gritante dualidade de critérios. O PC já referiu o caso do Chokolari e do safanão ao jogador adversário, transmitido em directo e com direito a repetições, mas ocorrem-me muitos outros, entre os quais algumas cenas lamentáveis envolvendo a trupe vermelhusca (dirigentes, jogadores, treinador e até capangas em serviço no Aeroporto). Quero com isto dizer que, se algum jogador for detido por dar uns sopapos no calor das disputas futebolísticas (seja ele do Porto ou do Desportivo de Olivais Sul), depois das ausências por lesão, suspensão, atraso na inscrição e afins, os planteis terão que passar a ser construídos de molde a acomodar também as penas de prisão - porque vão ser muitas e costumeiras, excepto se a moldura penal excluir jogadores que atuam de vermelho e com um milhafre ao peito e for condição agravante vestir de azul e branco.
Num país onde as grandes tramóias acabam, invariavelmente, por passar incólumes graças a expedientes de arrasto e consequentes prescrições, onde um trafulha que foi condenado foge para um país da UE e ali vive principescamente sem que seja extraditado, onde um padre pedófilo escapa para o Brasil com a maior das facilidades e só a arraia miúda vai dentro, as nossas autoridades não encontram melhor finalidade para o seu precioso tempo que não seja acusar alguns jogadores da bola (por mero acaso, do FCP...) de terem agredido uns seguranças do clube adversário, ameaçando com penas de 5 anos.
Só para termos a noção desta enormidade, relembro as penas de um caso tristemente célebre, que envolveu alguns senhores da mouraria:
* Carlos Silvino 18 anos;
* Carlos Cruz 7 anos;
* Ferreira Dinis 7 anos;
* Jorge Ritto 6 anos e 8 meses;
* Hugo Marçal 6 anos e 2 meses;
* Manuel Abrantes 5 anos e 9 meses.
Ou seja, exceptuando o bronco de serviço e mais pobretanas dos condenados, as penas atribuídas por múltiplos crimes sexuais cometidos sobre crianças e jovens adolescentes desprotegidos são muito semelhantes às que vão enfrentar 5 jogadores da bola que se terão passado dos carretos num ambiente adverso e agredido uns senhores que, por certo, se terão dirigido a eles em termos muito respeitosos e afectuosos.
Que a comunicação social nos trate de maneira diferente, acho miserável mas percebo o que os move: dizer o que interessa ouvir aos 6 milhões de otários. Que a justiça desportiva se incline quase sempre para norte, repugna-me mas o prejuízo fica circunscrito ao fenómeno futebolístico. Mas quando a polícia, o Ministério Público e mais seja lá quem for pago com os meus impostos, alegadamente ao serviço do Estado de Direito que é suposto ser Portugal, se empenha neste tipo de palhaçada, então o caso é grave. Não estamos a falar de futebol - está em causa a forma como o Direito é selectivamente aplicado. E quem move estas montanhas por uma causa futebolística é capaz de muito pior para fazer valer outras causas.


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Publicada por Pôncio em 21:53 "

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Após longos interregnos, cá vou voltando, sempre com a esperança que desta vá ser de vez. A manutenção de uma presença regular, seja com que tema for, mas que de alguma forma, tenha relação com a Invicta, foi o móbil deste blogue. Até agora muito longe de ser cumprido. Desistir não é meu lema, por isso, cá estou de novo, aproveitando uns minutinhos de disponibilidade.

Continuando o tema inicial, CMIN, que houve de novo?
De substancial, n a d a . Algumas notícias de jornal, mas de prático n a d a . Dias, meses, anos vão passando e a estafada sigla "CMIN" resiste ao tempo mas não mais. Materializar-se é que nem por isso.....
E o HMPia?
Estóico, Altivo, Garboso mantém-se de pé na Rua da Boavista, 827. Privado da sua identidade, de alguma forma descaracterizado e sem algumas das suas mais distintas valências, resiste, resiste, resiste. Sente-se que, cada vez mais "cansado", cada vez mais "mudo" (ou "amordaçado?"), cada vez mais anquilosado mas, resiste, resiste, resiste....
Até quando?
Quem souber que responda!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

CMIN (?!)

Cerca de ano e meio decorrido sobre o meu "post" anterior e quase o poderia repetir, sem correr grandes riscos de estar desactualizado.

Mas não. Algo se alterou e então haverá lugar a um "up-to-date".

O Centro Materno-Infantil do Porto, continua no papel, agora preso pela CMP, ao que consta com razão, pois alguém se esqueceu que há regras a cumprir e há fins que não justificam os meios.

Por outro lado do velhinho Maria Pia já ninguém ouve falar. O seu nome foi já apagado, o seu logotipo substituído, a sua autonomia perdida, grande parte dos seus funcionários dispersada, uma boa parte das suas valências retirada.

Aquele velho edifício da Rua da Boavista, 827 lá continua e muito ainda lá se trabalha. Muitas criancinhas lá são ainda assistidas. Mas, agora, já sem o perigo de derrocada, já sem o perigo de incêndio, o seu conforto é do melhor e os seus equipamentos da última geração.
Por isso já não é notícia.
Por isso já não é um problema.
Por isso está tudo bem encaminhado para... a implosão do que lhe resta....

...Valha às nossas crianças a gestação do "Joãozinho"